Pesquisando cemitério de escravos no Arboreto Vila Amália na zona norte da capital paulista.
Cemitérios No século XVIII e boa parte do século XIX quando alguém morria, era só procurar um lugar e enterrar. Geralmente as igrejas possuíam cemitérios cristãos com regras próprias onde, por exemplo, excomungados e "não cristãos" não eram ali enterrados.Nos cemitérios simonenses quase não se vê túmulos de escravos o que é de se estranhar mesmo porque esta era a região de São Paulo onde mais tinha escravos no século XIX. Em 1.875 São Simão tinha "oficialmente" 3.507 habitantes sendo 777 escravos. "Oficiosamente" sabe-se que a cifra de escravos era pelo menos quatro vezes maior porque qualquer fazenda da zona rural os tinham às centenas e quando os mesmos morriam eram sepultados em algum canto menos nobre na própria fazenda mesmo porque seus senhores jamais iriam admitir um escravo enterrado nos cemitérios da vila, cemitérios estes que têm vários túmulos de "coronéis" sendo que um mísero escravo ali não deveria dividir a terra com o patrão. A igualdade jamais aconteceria, mesmo depois de mortos!Assim sendo, a história dos cemitérios simonenses é a história dos cemitérios de "brancos" ( fossem ricos ou pobres ) e não de negros ( o que é uma triste mancha na história de nossa terra, mancha esta que não deve ser escondida dos livros para que todos saibam o que aqui ocorreu no passado )!
FONTE: http://www.saosimao.net/historia/ce...
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