MEMORIAL DOS MORADORES



ZÉ DE CASTRO MORADOR DA RUA ÌNDIO PERI.
Quem não conheceu não conhece o Pery inteiro.
A imagem pode conter: 1 pessoa, céu e atividades ao ar livre
Seu José de Castro partiu desta vida há cerca de 12 anos. Deixou saudade pra muita, família, amigos, vizinhos e clientes que lhes contratavam para execução de serviços de alvenaria.
Zé Castro era mineiro, nascido na cidade de Ouro Preto, onde foi garimpeiro na mocidade. Casou com a Dona Maria Rosário de Castro, nativa de Goiás..residiram em MG e mudaram-se para o estado de origem da esposa. Lá empreenderam um comércio espécie de mercearia.. A crise financeira que assolou quase o mundo na década de 1940 atinge o Brasil, os negócios de todo o país entrou em forte queda, os comerciantes pequenos foram os que mais sofreram o impacto e a maioria fechando as portas, entraram na falência. Em meados da década de 40 o casal já era responsável por 2 filhos e 3 filhas: Luiz, Lauri, e Leni, Lourdes, Lucia e Luiza, quando resolveram partir para a cidade de São Paulo empreender seu comércio em busca de melhora de vida. Venderam o imóvel que possuíam e os pertences do comércio e mercadorias que ficaram. De trem lá vinha a Família Castro pelos trilhos da central do Brasil. Com o dinheiro vivo Se Zé de Castro toma o trem com a família e ainda amigos da cidade partem com a Família a fim de ajudar na viagem até alguma cidade afrente....
No meio da noite Zé de Castro acorda de repente, a família dormindo, e os amigos tinham desaparecido, se escafederam-se.
Era um golpe! desconsolado descobre que fora roubado, levaram todas as suas economias.
Chegando na cidade de São Paulo veio para onde hoje é o bairro Jardim Pery, na época conhecido Sítio Guaraú. Além de comerciante, Zé de Castro também era bom pedreiro, profissão que passou a desempenhar, trabalhando nas primeiras construções que já começavam a povoar o bairro. Após construir algumas casas Seu Zé não tinha a dele, o sonho era conseguir a sua casa casa própria para abrigar a família. Já com algumas economias juntadas com muito trabalho e muito suor conseguiu deu entrada na aquisição de um terreno na Rua Edgar Sales, altura do nº atual 56, lado dire. Aos poucos foi construindo a casa dos sonhos. No início da década decidiu vender a sua propriedade e comprou outro terreno na Rua Otávio Tavares, altura do º 234, que já tinha uma pequena construção de dois cômodos. Terminou a de construir e mais uma vez decide vendê la pra comprar outro Terreno na Rua índio Peri onde construiu sua casa..
Nesta casa do portão marrom na foto, morou por cerca 40 anos.

______________________________________

MEMORIAL DE MORADOR: Tidato do TIFOS BAR.

O internauta Gerson Lellis, antigo morador do Jardim Pery/Antártica pergunta numa postagem da página Galeria Jardim Pery Zona Norte no facebook com esse texto: Quem se lembra do Tifos Bar, na rua Leandro Joaquim, Jardim Peri! Ou simplesmente Bar do Tidato!!! Na foto Tidato e Mingo, duas das grandes personalidades dos jovens dos anos 70, 80 e 90. Bar do Tidato nos anos 90 foi o point de encontro dos jovens de sexta a domingo, muito samba ao vivo e musica da boa, essa foi a marca registrada desse lugar. Infelizmente uma tragedia "Chacina" nos anos 90 marcou toda essa geração, foram 5 vitimas fatais, Sandrinha, Mosquito "Ronaldo", Perninha "Marcio", Sergio, e o próprio Tidato. Fica aqui nossa homenagem a essas personalidades que nos deixaram tão cedo e ficarão eternizados dentro da memoria de quem os conheceram.
Pra quem não se lembra vou refrescar aqui a memória.
''Tidato'' era comerciante e proprietário do Tifos Bar, na rua Leandro Joaquim (Jardim Peri),  onde na década de 90 aconteceu naquela triste noite  no Jardim Pery a chacina que levou covardemente a vida de 5 pessoas inocentes do bairro. O crime, apesar de bárbaro até hoje não foi investigado, e os assassinos nunca procurados, mas famílias tem suas suspeitas.

O internautas moradores da região lembram : 
José Domingos Lembro bem dessa chacina  na época era moda essa coisa de chacina parece que acontecia só pra que saísse na capa do famoso np “notícias populares”
Triste mas era a realidade da época. Descanse em paz os que se foram sem ter culpa de nada 😇
Jane Souza Eu conheci o perninha ( Márcio) rapaz trabalhador e muito respeitoso, ele frequentava o bar do meu pai no início dos anos 90!
Nessa madrugada acordamos com os inúmeros disparos achando que eram apenas fogos, quando amanheceu a triste notícia se espalhou pelo bairro. Que descansem todos em paz!

Josué Vieira nessa época foi o maior comentário na escola, pq o nosso camarada o Passarinho tbem morreu nessa chacina,era um cara alegre e divertido o Elza ficou de luto.

Flor Pires Tempos difíceis!!! Más todos amigos citados ficaram marcados em nossas vidas#amigos...... para sempre não importa caminhos que tenham tomados...

Na ápoca a imprensa anunciava tudo o que queria mas quase sempre com notícias distorcidas.
Aqui uma deles, da Folha de S. Paulo, em 18 de abril de 1995.
Vítima do Jardim Peri seria um informante

Outro morador lembra dos eventos musicais que eram promovidos no Tifos Bar, organizados pelo Tidato:
 Antonio Maciel Nesta época tínhamos um grupo de samba,samba de momento tocava a convite do art samba no bar do Tidato,era muito bom enchia de gente o bar do Tidato,saudades deste tempo.

 A foto pertence ao arquivo pessoal de Angela Ge, outra ex moradora que cresceu no bairro Jardim Pery.

 A foto pertence ao arquivo pessoal de Angela Ge, outra ex moradora que cresceu no bairro Jardim Pery.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Foto 1_ Lourdes e Antonio Carreras, foto 2_Seu Toledo

Dona Lourdes Carreira nasceu na zona norte da cidade de S. Paulo, na famosa Avenida Santa Inês entre o bairro Jardim Pery e a Vila de Santa Inês. Antigamente esta avenida era denominada por Estrada do Guaraú, importante via de ligação da serra da Cantareira com a capital,  por onde normalmente trafegavam as comitivas que desciam da alto do Juquery trazendo suas mercadorias rumo aos comércios nos bairros do centro da cidade e mediações.
Quando aqui no Jardim Pery chegou com a família pra morar Dona Lourdes era apenas uma criança com 5 anos de idade. 
_Naquela época aqui no bairro era quase tudo mato,  tinham poucas casas, não tinha padaria, não tinha asfalto nas ruas, nem ônibus. Nossa diversão era um rio que passava em frente onde morávamos e nas águas que no tempo eram limpas a gente pescava e levava pra casa.. . A água do rio Guaraú era muito limpa e dava até para beber, apesar de que em casa tínhamos poço, meu pai era poceiro, conhecido como poceiro Toledo.
Lourdes e Antonio Carrera -1967
_No lugar onde hoje onde tem a agência do Correio, que fica em frente a padaria na Pery Ronchetti tinha a escolinha do bairro, ficava num dos salões do Seu Antonio Dias;  era uma porta de armazém onde eu e muitas crianças na época estudaram.
_No terreno onde ergueram a igreja Nossa Senhora da Penha era onde as pessoas do bairro Pery e vizinhança se encontravam, e todos anos ali se realizavam festas juninas, o terreno era limpo e sempre tinha festa! Depois no local construíram um galpão de madeira que, também serviu como uma escolinha. Somente no começo da década de 60 a igreja Nossa Sra da Penha é finalmente construída, e inaugurada em agosto de 1963. 
Dona Lourdes ainda nos lembrou da famosa Coap dos irmãos Orlando e Ernesto, antigos comerciantes empreendedores no Pery. As Coaps -  eram armazéns de um programa do governo Federal, denominado COAP (Comercio Organizado de Alimento Popular), onde o consumidor precisava portar carteirinha para efetuar a identificação e a liberação da compra.

Seu Toledo poceiro
_Televisão a gente assistia no bar do seu Diniz  na Pery Ronchetti. Na mesma avenida ao lado da residência dos Dias tinha a graciosa e pioneira capela do Jardim Pery, a''Capelinha de Nossa Sra. de Aparecida'', que era onde foram realizadas as primeiras missas no bairro Jardim Pery. A minha Tia Cida era quem costurava o manto da imagem da santa Nossa Senhora de Aparecida daquela capela.
Me lembro de alguns moradores antigos, como o sr Dias , Sr Diniz sr. Albano, sr. Dito poceiro, Sr. Francisco que tinha açougue depois virou farmácia Maciel, pai do Manoel, Toninho da farmácia Maciel,  Beatriz, Ilda.
Primeira igreja, que se lembra  assembleia de Deus na Pery Ronchetti, era pequena e ficava no fundo do terreno,  depois de muito tempo aumentaram. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Novidades Pery

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO JARDIM PERI REPOUSA NA UTI

Ontem via facebook li numa postagem na página oficial da Associação Sucupira uma notícia que ao longo dos tempos se repete. A precariedade ...