Com algumas pessoas acabamos fazendo uma breve entrevista no bate papo, que rendeu um pouco de histórias da Rua Brasiluso Lopes e do bairro em si, onde ambas residiram; a Dona Vandy reside até hoje na mesma casa desde 1965.. Maria Ernestina morou de 1960 até 1969.
Maria Ernestina Silveira Rodrigues: Eu morei na antiga rua Otávio Ramos, atual Brasiluso Lopes, de 1960 até 1969. Quando nos mudamos para cá o bairro não tinha asfalto, não tinha água e nem energia elétrica nas casas, as ruas a noite era um breu só. Esse córrego hoje poluído na minha época a gente nadava, e a minha mãe também lavava roupas nas suas águas, era um tempo muito bom.
Jardim Pery visto do alto da Av. Mariana Caligiore Ronchetti - Foto Hugo de Oliveira. |
Pra pegar o ônibus tínhamos que ir pé até o bairro Pedra Branca onde tinha uma parada. Nos dias de chuva tinha que levar outro par de sapatos pra trocar por causa do barro.
Aos domingos tinha baile no horto, no carnaval também tinham as matinês e os os bailes de mascaras, a gente dançava, era muito bom. Minhas primas vinham do interior pra curtir aqui.
Era só alegria, sinto muitas saudades, amo o Jardim Pery.
Dona Vandy Menezes:
Eu tomei muito banho neste rio e minha mãe lavou muita roupa nele, hoje é só saudades! Direto do bairro Mandaqui onde meus pais pagavam aluguel numa casinha na Av, Zunkeler minha família se mudou aqui para o Jardim Pery, em 1965. Naquele tempo tinham poucas casas nesta rua, as ruas eram caminhos todo feitos de chão batido. O leito do riacho Guaraú era mais largo.Água boa para beber e cozinhar era difícil pra se conseguir. Em casa tínhamos um poço de aproximadamente 6 metros de profundidade onde puxávamos água com corda, mais tarde, com muito sacrifício papai conseguiu comprar uma Bomba. Antigamente esta rua ''Rua Brasiluso Lopes'' se chamava Rua Otávio Ramos. Nas margens do riacho Guaraú era brejo, tinha muita taboa e barro.Comecei estudar no primário do grupo escolar Rita Bicudo em 1967, 2 anos depois da sua fundação oficial.
Naquele tempo os únicos comércios na Brasiluso Lopes era o bar da esquina do Toninho, que tem até hoje e o armazém do Sr Lázaro no final da Brasiluso.
Mas as grandes compras de alimentos comprávamos no armazém do seu Albano e no armazém do Sr Heitor na Av. Pery Ronchetti. Tínhamos um poço de aproximadamente 6 mts de profundidade, ainda não tinha água encanada, com muito sacrifício papai conseguiu comprar uma Bomba que facilitou a gente puxar água.
Mas as grandes compras de alimentos comprávamos no armazém do seu Albano e no armazém do Sr Heitor na Av. Pery Ronchetti. Tínhamos um poço de aproximadamente 6 mts de profundidade, ainda não tinha água encanada, com muito sacrifício papai conseguiu comprar uma Bomba que facilitou a gente puxar água.
Lúcia Helena: Eu também nadei muito no riacho Guaraú quando ainda tinha suas águas limpas.
Cheguei em São Paulo em 1970, vindo morar no Jardim Pery na rua Brasiluso Lopes. Morei neste bairro até 2010, a última rua que morei no Pery foi a Rua Santa Adriano, quando me mudei pra Cantareira..
Essa rua Brasiluso sempre sofreu com as enchentes.
Um grande problema na época era pra se conseguir água limpa. Nós pegávamos água numa mina que tinha na rua Condessa a caminho do Jardim Flamingo, e tinha uma outra na rua Índio Peri, que ainda existe mas hoje em dia com a água poluída também. Depois meu padrasto fez um poço pra gente.
Anita Leocadia Martins Era muito gostoso esse rio. ..meus avós moravam perto dele..tb tomei muito banho.
Josué Vieira É triste ver uma situação dessa. Saber que meus irmãos mais velhos já tomaram banho nesse lugar, a mesma coisa acontece aki no Jd. Antártica onde fica a favela do sapo. Também já foi um lugar onde a criançada pegava peixinho e até nadava eu peguei essa época.
Sueli Camargo Me foge da memória agora o nome da dona do terreno que tinha uma biquinha de água Onde a gente ia buscar água no período de seca.nosso poço dava bastante água mas mesmo assim quase faltava então pra economizar minha mãe mandava buscar água na bica .Era bem no começo perto da São Lourenço do sul . Na rua das árvores(acho que é a professor Monteiro não é )sempre faço confusão
Tobias Mendes: Eu nasci na rua Edgar Sales a uns 400m da Av, o Riozinho era nossa maior diversão. Eu lembro suas águas eram limpíssima nós nadávamos nele pescávamos lambari, ver ele hoje assim apodrecido da dó, nós seres humanos realmente somos o pior dos animais é uma pena.
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