No final da década de 1960 chegou a família Souza para morar no Jardim Pery. Nascido e crescido no estado de Pernambuco meu pai Alexandre Souza decidiu mudar aqui para a capital paulista em busca de melhores oportunidades. Na época uma crise assolava o país e nos estados do norte e nordeste o desemprego era ainda pior Trabalhou em diversas empresas pois na época e melhorar de vida.
em busca de emprego...Mas ele trabalhou em varias empresas...porém nunca ficou desempregado
Chegou sozinho, vindo diretamente do nordeste para morar no Jardim Pery, na rua hoje denominada Araújo Castro. Bom pedreiro que era logo conseguiu trabalho, e assim exercendo a profissão adquiriu um terreno onde aos poucos construiu sua casa, foi quando voltou á terra natal para buscar sua prima Euridice com quem já namorava trazendo-a para São Paulo para casar.
em busca de emprego...Mas ele trabalhou em varias empresas...porém nunca ficou desempregado
Chegou sozinho, vindo diretamente do nordeste para morar no Jardim Pery, na rua hoje denominada Araújo Castro. Bom pedreiro que era logo conseguiu trabalho, e assim exercendo a profissão adquiriu um terreno onde aos poucos construiu sua casa, foi quando voltou á terra natal para buscar sua prima Euridice com quem já namorava trazendo-a para São Paulo para casar.
E assim começa a história da formação da família Souza
Do casamento nasceram eu, minha irmã Rosângela, meu irmão Alex e a caçula Renata. Moro no Pery desde que nasci, se bem que em 1987 fui morar em Rio Preto, mas morei só 5 anos e voltei para o meu amado Jardim Pery.
Atualmente trabalho com educação infantil numa CCI- creche da avenida nova no Pery/ Dionísia.
Minhas Memórias do Bairro do Pery:
O Pery era um bairro esquecido , tinha pouca estrutura, a maioria das ruas eram de terras, a minha com calçamento de pedras, sem iluminação noturna, a noite era uma escuridão de dar medo, não tinha água encanada. Ainda bem que na minha casa tinha um poço com água boa no quintal, mas quem não tinha sofria, muita gente vinha buscar água no poço de casa.
Para puxar água usava um balde amarrado em uma corda e puxava com o sarílio. Quando chegou a água encanada foi uma festa. .Meu pai ainda deixou por um tempo o poço no quintal, depois aterrou.
E pra pegar uma condução era bem difícil: meus pais tinham que caminhar até a Avenida Parada Pinto no bairro Vila Amália que tinha o ponto de ônibus mais próximo pra poder tomar uma condução até o centro da cidade para ir ao trabalho.
O posto de saúde mais próximo era o posto de saúde do Horto Florestal.
Hoje ficando lembrando, que dificuldades!!. ..não conseguiria ficar hoje em dia sem água nem luz como naquele tempo.
Mas na verdade, mesmo com o bairro sem estrutura éramos pessoas muito felizes...a gente se divertia, podíamos ficar brincando até tarde na rua sem medo da violência.. Era como viver numa cidadezinha pacata do interior, com aquela cultura simples, tranquila, sem barulho..... Os vizinho se falavam mais, todos se conheciam. Quando um fazia bolo, um doce levava para os outros vizinhos e vice versa. Era tudo de bom, todos se respeitavam....
As crianças brincavam de pipa...desciam a ladeira de carrinho de rolimã. ..brincávamos de pega pega....esconde esconde..tinha a época de jogar mamona nos cabelos dos colegas.. Os mais ousados pegavam suas bicicletas e iam para Mairiporã. ...
Era um Infância feliz.
Para quem não conheceu o bairro anos atrás não entende.
Me lembro de algumas lagoas próximas, como a que tinha no terreno do Watanabe em Vila Dionísia, mas também tinham muitos lugares que ainda era mato, e algumas lagoinhas onde hoje chamamos Sucupira. Ali era perigoso, mas as vezes tínhamos que passar pois era o caminho para pegar ônibus ou ir para a escola. Entre os anos de 69 pra 1971 começou a formar a favela.
Naqueles tempos mesmo o Pery sendo um bairro de periferia não se via pessoas usando drogas tao explicitamente como hoje em dia...Nada contra, cada um com seu vícios más hoje usam drogas nos portões das escolas como se tivessem chupando bala...
Para fazer compras durante muito tempo não se tinha muita opção, tinham poucos comércios, lembro da mercearia na outra rua...o mercadinho do Teruya, atual SM PERI II...e tinham os comércios próximos a Av, Pery Ronchetti no Pery velho.
Amo o bairro, sei que faltam muitas coisas...principalmente lazer ....mas hoje em dia somos supridos de marcados na região, podemos comprar tudo aqui mesmo, temos postos de saúde e escolas...já foi tudo muito pior
PERYNEWS web
Escola é no Osvaldo Quirino |
A OLARIA DO WATANABE: no terreno onde agora e o Giga, que pertencia á Família Watanabe. tinha a olaria onde fabricavam os tijolos que vendiam nos depósitos da região, funcionou até o incio da década de 80.
Outra boa lembrança que me lembro eram as hortas muito comuns em todas as casas, as pessoas tinham o hábito de produzir suas hortaliças e temperos, couve. ..alface...xuxu...e meus pais não eram diferentes, em casa tinha horta e também criávamos galinhas no quintal que também tinham muitas arvores frutíferas, tinha Banana, goiaba, abacate, mandioca, milho, cana ..que nem sempre aproveitávamos pois a molecada roubaram antes de madurarem, Comiam fruta verde...com sal . arghh!kkkk
Nas terras da Família Watanabe era na região a que mais produziam e forneciam aos comércios locais de toda a zona norte.
E também tinham as granjas onde criavam galinhas, vendiam ovos frescos e matavam galinhas na hora, ao gosto do freguês.
Também tinham muitas pessoas que criavam animais como cabras, coelhos, porcos e até algumas cabeças de boi em algum canto próximo.
DE vez em quando aparecia um animal, uma cabra solta que vinham no quintal comer capim no nosso quintal, pois ficavam soltas.
Uma cidadezinha dentro da cidade.
VENDEDORES QUE VINHAM DE CARROÇAS VENDER: Tinha um peixeiro que criou sua família vendendo peixe na charrete, Seu Jonas, já falecido.
Minha rua não era de passar muitos carros...hoje sim passa muito
Até para por o carro na garagem hj e ruim...Pois estacionam do dois lados. As pessoas respeitavam.
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